Respiração e natação
A maioria dos tubarões, quando parados, não conseguem bombear a água para as brânquias, de modo a respirarem. Necessitam, portanto, de forçar a entrada da água pela boca, para que passe pelas brânquias e saia pelas fendas branquiais. Por outro lado, a ausência de bexiga natatória, um órgão hiodrostático existente noutros animais, dificulta a sua flutuação. Estas duas características são as responsáveis pela maioria dos tubarões nadar incessantemente, pois, se por algum motivo pararem, afundam e/ou morrem por asfixia. No entanto, algumas espécies conseguem permanecer paradas e deitadas no fundo do mar, inclusivamente dentro de grutas espaçosas.
Temperatura e hábitos de alimentação
Os tubarões são animais ectodérmicos, pelo que a temperatura do seu sangue é variável e dependente do ambiente externo. Muitos tubarões, apresentam um menor metabolismo, sendo mais lentos e com menores necessidades energéticas. Para manter a sua temperatura constante e um bom grau de actividade, dependem de águas tropicais quentes e das regiões costeiras. O deslocamento natatorial constante origina um enorme gasto de energia e uma consequente necessidade em se alimentar constantemente. Devido a essa voracidade natural, algumas espécies limpam os oceanos ao comerem os animais feridos ou mortos, mesmo que em elevado estágio de decomposição. A quase totalidade das espécies também rouba as presas de outros tubarões, quando surge a oportunidade. Quanto às suas preferências alimentares, seguem uma dieta regular de peixes, crustáceos, lulas, polvos, tartarugas, raias e outros tubarões, sendo o canibalismo uma prática muito comum. A prática da caça é guiada e determinada basicamente pela combinação dos seus sentidos. No entanto, os padrões de comportamento na procura de alimento variam de forma substancial. Num padrão normal, os seus movimentos costumam ser lentos e determinados; outras vezes, são compulsivos e rápidos. Na realidade, estes padrões quanto à natação, aproximação e ataque final, variam de espécie para espécie e conforme as situações particulares. A sua boca, em posição ventral, possui uma grande abertura, graças à inexistência de contacto rígido com o crâneo. Os dentes, triangulares, afiados e extremamente eficientes para agarrar e cortar, não possuem raiz. São providos de várias fileiras de dentes de reposição, dispostas posteriormente à fileira que está em uso. Quando um dente é perdido, posterior move-se para ocupar o seu lugar. Algumas espécies não possuem os afiados dentes triangulares, essenciais aos predadores, dado terem-se adaptado a outras formas de alimentação.
Contribuições dos tubarões para a saúde humana
Além da contribuição energética através dos pratos de culinária que utilizam o tubarão, existe uma conhecida contribuição farmacêutica.
A vitamina A foi obtida principalmente pelo óleo de fígado de tubarão até 1947, altura em que passou a ser sintetizada em laboratório. Em 1916, um cientista japonês isolou deste óleo um hidrocarboneto denominado esqualena, até hoje empregue nas indústrias comésticas e farmacêuticas, como base para cremes de beleza, pomadas e medicamentos. O óleo é também eficaz no tratamento paliativo das hemorróidas. Alguns estudos indicam que este óleo contribui para a produção de leucócitos nos seres humanos. Alguns ácidos polinsaturados extraídos do fígado têm sido utilizado como anticoagulantes no tratamento de enfartes do miocárdio.
Por outro lado, o extracto da sua cartilagem tem vindo a ser utilizado em doenças osteo-articulares e no tratamento de queimados.
Experimentalmente, têm sido feito transplantes de córnea para olhos humanos, estudos relativos à proteína esqualamina - encontrada no estômago, fígado e vesícula biliar - quanto à sua capacidade de inibir tumores cerebrais, bem como a um lípido quase omipresente nas suas células e com um poder antibiótico de largo espectro.
Ataques de Tubarões

O Medo dos tubarões tem sido alimentado pelo registo de poucos ataques não provocados, como foi o caso o ataque de tubarões em 1916 em Jersey Shore, e pelo sensacional filme de ficção, Tubarão.
Em 2005 deram-se no mundo um total de 58 ataques dos quais 4 foram fatais. Em comparação, centenas de pessoas morrem anualmente ao serem atingidas por relâmpagos e 1.3 milhões morrem victimas de doenças transmitidas pelas picadas de mosquitos.